"Há dois milhões de pobres no nosso país e mais de um terço é trabalhador por conta de outrem, com baixíssimos salários e em permanente degradação, e outro terço é reformado com reformas de miséria. Portugal tem hoje a maior taxa de desemprego dos últimos 20 anos (600 mil). Acentua-se a tendência para a emigração. O desemprego de longa duração está a aumentar. Portugal é o país da UE que tem maior desigualdade na distribuição do rendimento e com menos justiça social. Os trabalhadores portugueses têm os mais baixos salários da UE e preços de serviços e bens essenciais dos mais elevados. Cresce a precaridade dos vínculos e das condições de trabalho e aumenta a instabilidade e a insegurança na vida, sobretudo dos jovens. 1 milhão e 200 mil trabalhadores têm vínculo precário, meio milhão são jovens. Eternizam-se os recibos verdes, a prestação de serviços, as bolsas de investigação e o trabalho temporário. Aumenta a idade de reforma e diminui o valor das pensões.
Do outro lado, os lucros dos grandes grupos económicos e financeiros sobem todos os anos. Em 2006 os cinco principais bancos nacionais, mais a EDP, PT, GALP e SONAE tiveram 5.300 milhões de euros de lucro, cerca de 15% a mais do que em 2005.
Razão, tiveram, pois, os mais de 200.000 trabalhadores, e as suas organizações sindicais, que no passado dia 18 de Outubro, manisfestaram o seu protesto em relação às políticas deste Governo."
Folha informativa do Partido Ecologista "Os Verdes" , número 46, Setembro-Outubro 2007
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